11 setembro 2011

||| AS TORRES GÉMEAS E AS VÁRIAS FORMAS DE TERRORISMO



Há 10 anos, Óis dava alguns passos para erguer as suas torres gémeas - que são os blocos do centro social e da sede da Junta de Freguesia, as marcas mais evidentes da mais recente capacidade construtora ribeirense. 
Há 10 anos, as torres gémeas de Nova York foram atacadas e demolidas, o mesmo acontecendo ao Pentágono e só não foi de vela a Casa Branca porque uns corajosos passageiros do avião conseguiram controlar os terroristas e despedaçar a aeronave contra chão, morrendo todos. Foram gente de muita coragem.
Hoje comemoram-se 10 anos sobre o 11 de Setembro e eu não queria escrever sobre o 11 de Setembro, porque já tudo foi escrito e dito. Mas é o tema do dia - ou de há vários dias... Acresce que, passados dez anos e embora me lembre perfeitamente do que estava a fazer nesse dia, ainda não consigo compreender o que me impressionou tanto naquela sequência de acontecimentos: se a perda de vidas, se a violência do acto terrorista. Ou se quem construiu as torres.
O terrorismo contemporâneo tem muitas caras e ensinou-nos a não se esperar dele senão a mais absoluta desumanidade. É destruidor.
E há várias formas de terrorismo.
O propriamente dito.
O verbal.
O económico.
O financeiro.
O das armas.
O das palavras,
O da incompetência.
O terrorismo das ditaduras e das ditas-moles.
O da gestão familiar.
O da gestão das empresas.
O da gestão das instituições.
O da gestão dos afectos.
As dúvidas que me desassossegam a alma sobre o que distingue o que é do que parece ser, o ser terrorista ou não ser terrorista, é uma espécie de desconfiança «metódica» de tudo e todos - o que é corolário da impressão de que o terrorismo tem expressões pouco evidentes.
Isto porque, visto o caso de outra maneira, quem edificar torres que se abatem como castelos de cartas não é, talvez, menos «terrorista» (ou aterrorizante) do que quem lança contra elas um par de aviões.
Por este ponto de vista, terroristas também podem ser os ribeirenses responsáveis pelas suas torres gémeas - quiçá sujeitas a um qualquer terrorismo de onde menos se espera.
Deus nos livre.

5 comentários:

Anónimo disse...

Gostei!

Anónimo disse...

Fantástico, abençoados autores do Contra...

Anónimo disse...

Ai o terrorismo verbal do... Contra!

Anónimo disse...

Bem apanhado, contra... mas culparem fez o centro social, essa é k n/ me parece justa

Anónimo disse...

O Contra é 1 mákina, nem o poeta Almeida