25 setembro 2011

||| O INSOFISMÁVEL VALOR DE ÓIS DA RIBEIRA

A paróquia laica ribeirense tem assistido, desde que me conheço, a uma sempre controversa e sinuosa construção associativa, seja na Arcor (que é  expressão máxima de tal movimento, local) quer da Tuna.
Numa e outra, não faltam intrigas e mal-querenças!
A Tuna, verdade se diga, foge um bocadinho ao figurino paradigmático: faz cultura e vende-a! Já foi de muitos músicos ribeirenses e vários maestros, agora é um bocadinho de gente a tocar e a dirigir vinda de para lá das fronteiras. Estamos num mundo global, é certo, mas também não tanto.
A Arcor, sobre a qual se reinvindica muito, se comenta muito e se critica outro tanto, parece às vezes demasiado ingénua, embora se trate de uma organização profissional e, sem dúvida, o maior empregador da freguesia.
A Arcor, com as suas virtudes e defeitos, tem um passado próximo que a guindou a planos de referência e admiração. Foi com orgulho que, na semana que passou e num auditório onde falava um dirigente nacional, foi apontado o seu exemplo de coragem e capacidade construtora, referindo-se o político que assim falava, do PCP, ao milagre social da nossa pequenina freguesia.
Arrepiaram-se-me os cabelos!
Quase sempre, infelizmente, desdenhamos do que temos próximo, do que nos é mais querido, duvidamos do que vale o nosso colectivo. Não fazemos a nossa terra raínha de si mesma.
O que às vezes parece é que os ribeirenses sofrem da endémica mania de ignorar ou desprezar o que valem.
Cobrar esse fado exclusivamente aos actuais líderes, parece-me no mínimo injusto. Exagerado, quiçá! Mas isso é, por natureza, problema que cabe aos (des)iludidos resolver, adequando as suas expectativas à insofismável realidade que é a nossa terra.

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