12 setembro 2011

||| O BIN LADEM E OS FILHOS DA MÃE...



As torres caíram há 10 anos e Bin Laden foi executado em Maio deste 2011. Demorou tempo?! Não sei! Nem sei bem se sou contra a execução deste homem que tantos ódios fez suscitar no mundo, pelas mortes, lutos e tragédias que espalhou, encharcando-as de sangue e de mortes.
Admito-me, todavia, ser radical no princípio absoluto de ser contra a pena de morte, embora reconheça que não senti pena nem piedade pelo seu desaparecimento. Às vezes temos estas dúvidas, estas duplicidades, somos bipolares.

Sabendo que não foi morto em acto de guerra, porque os aliados não estavam em guerra com o Paquistão, quero imaginar que alguém do comando de ataque terá dado cumprimento à morte do homem mais procurado do planeta, invocando o princípio da defesa.
Só que a morte do homem, ou do terrorista, não foi o fim do terrorismo, representando, tão-só, um ajuste de contas à maneira do velho western: "Wanted, dead or alive".
Espero que, ao menos, tenham pago a recompensa ao caçador de cabeças.
Bin Laden, ontem tão evocado pelas razões do 11 de Setembro, faz-me recuar na história de Portugal, até à altura de lembrar a estalada que D. Afonso deu na mãe - porventura o primeiro acto terrorista conhecido na história das democracias familiares.
Moda que passou ao núcleo local, ao regional, ao nacional e ao internacional. 
Sei que é uma maldade puxar destas conversas antigas, de mais de 900 anos, tantos quantos tem esta antiga e mui nobre terra de Óis da Ribeira.

Mas a vida é dura, está cada vez mais dura, e as emoções acarretam-nos mágoas e dores, pelo desfalecimento de coisas que nos são próximas, nas mãos de uns tecno-qualquer coisa que detêm o poder e abichanam o naco de soberania que vão deixando perder - muito por causa da incapacidade de gerir.
Esta gente, age com a mesma cegueira e frieza com que se executa uma pena de morte, com a mesma limpeza com que os gringos mandaram Saddam para a forca, limparam o sebo ao Bin  Laden e prepararam a desgraça de Kadhafi.
O mundo é muito filho da mãe!
O Bin foi-se, entretanto, mas deixou descendentes e seguidores.

Gente de rosto (quase) desconhecido!
Que (quase) ninguém vê!
Que ocupa cadeiras do poder e dá execução a decisões que sentenciam futuros.
Que mata!
Que espalha lutos.
O mundo, digamos, ainda não é totalmente um mundo de filhos-da-mãe, mas para lá caminha.
O Bin Laden ainda há-de ser levado aos altares.
Deixou seguidores! E imitadores!

2 comentários:

Anónimo disse...

Já vi xamarem muitos nome ao homem, agora Bin laden, deus nos livre...

Anónimo disse...

Não será o Kadafi?, este é que ainda resiste, o outro já foi morto e atirado ao mar.