A já muito banalizada discussão sobre o que vai acontecer aos portugueses, por causa da troika e dos cortes com que o governo nos esvazia os bolsos, é um tanto distorcida e até absurda. Não são só os funcionários públicos que perdem, são também os privados. E muito.
Já dando de barato o que lhes vai acontecer (aos privados!, e ninguém sabe bem o que será, mas não será bom...), precisemo-nos no que mais de imediato poderá acontecer: o privado paga sempre. O privado não é tão protegido como o púbico.
O empregado público não vive sem o privado.
Mas o privado dispensa muito bem o público.
O privado trabalha e produz.
O público, não produz. Faz tarefas burocráticas e cobra impostos.
O problema dos funcionários públicos é que são assalariados de um patrão chamado Estado, patrão que está em muito maus lençóis e a um passo de dar o passo em frente para o buraco da falência. É por isso que lhes saca os dois subsídios - o de Natal e o de férias.
Os funcionários públicos não são funcionários porque são cidadãos, mas, sim, porque são empregados do Estado. Sempre podem deixar de ser e sair. Mas não saem. É o sais.
Assim vista a coisa, os funcionários públicos até parecem iguais aos outros cidadãos. Mas não são: são cidadãos de primeira, tem ordenado certo, horas de entrada e saída certas. E como são muitos - 500 000, 600 000, 700 000?!, quem sabe?! - têm grande capacidade de mobilização. E nem conhcem o patrão, portanto que se lixe o patrão e o trabalho.
De quem nós nunca nos lembramos é dos reformados. A sua situação é que é frágil e complexa. E lamentável. Levam tareia na pensão e não têm como reclamar.
3 comentários:
o problema de alguns funcionários publicos é que não se lembram que quem lhes paga o salário é o funcionário não publico, que muitas vezes é mal atendido não é respeitado e só não é lixado se alguns funcionarios publicos não poderem!...
Quem paga o ordenado ao funcionário público é o Estado e não os privados! E recebe-o em troca do seu trabalho! Por sua vez, os privados descontam para o Estado, como é sua obrigação. Aqui, ninguém paga nada a ninguém, mas todos são pagos pela sua respectiva entidade patronal. A isso todos têm direito, desde que trabalhem!
Assim sendo, anónimo das 18:44 de 20 de Novembro, os privados deixam de descontar para o Estado, e sempre quero ver o que é que os funcionários públicos vão fazer. Tocas para grilos, se calhar...
Os privados n/ precisa do Estado para nada: há saúde e educação privados, programas sociais privados, seguros privados, só falta a justiça privada. Mas para essa há a justiça à moda de Fafe.
Aliás, o Estado, quanto a saúde, ensino e segurança social é o que se vê...
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