Diz-me minha mãe, ao telefone, que assaltaram a capela de Santo António. Não me ocorre que alguma vez tenha entrado dentro da capela, sempre a vi fechada, mas tenho o gosto de muitas vezes ter espreitado pelas janelas da frente, querendo descobrir o que por lá estava dentro.
Era criança e metia-me impressão de lá sempre ver um andor sem santo em cima. Para mim, andar tinha de ter uma imagem, como eu os via nas procissões.
Agora o problema é de assaltos.
Longe, realmente, vão os tempos em que, em Óis, se podia deixar o trinco no ferrolho e se saía de casa com a certeza que não seria devassada por ninguém. Todos eram primos e primas... como dizia a canção.
O progresso tem destas coisas, quando tem em vista os números e os resultados do seu desenvolvimento e esquece que deve estar ao serviço das pessoas, acontece disto. É a factura que se tem que pagar. Já nem a igreja se respeita.
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