ESTAR CONTRA O D´OIS, O TRÊS OU O QUATRO, CONTRA OS QUE ESTÃO CONTRA E A FAVOR, CONTRA TUDO E TODOS E O QUE CALHAR, DESDE QUE NÃO NOS BATAM... * contradois@hotmail.com
29 dezembro 2010
||| DIRECÇÃO DA ARCOR COM APENAS UMA MULHER...
Acho que, com o frio que por aí vai, nada melhor haverá que umas eleições para animar a pacata malta de Óis. Foram as da Tuna, mas nas calmas, e vão ser as da Arcor. Mas calmas! E afinal só há uma lista. Noto, porém, com alguma tristeza que, executiva, apenas aparece uma mulher, a Dina (foto) - vogal da direcção da Arcor. Desejo que tenhas sorte.
Acompanhei entusiasmada as eleições autárquicas de 2009, com muitas mulheres envolvidas e fui agora revisitar o que este blogue escreveu. Eram muitas, realmente. Mas porque as listas dos partidos a isso eram obrigadas, por lei. Eu no lugar delas e por esta razão, nem aceitaria ser candidata. É até vexante.
Agora, como o Natal me deixou ficar por casa, andei a ver listas da Arcor e apenas encontrei uma mulher na direcção em 2001, quando entrou o presidente José Celestino Viegas - foi a professora Madalena Neves. Que continuou com o mesmo presidente, de 2003 para 2005. Depois, com a professora Madalena Neves apareceu Maria Ascenção Tavares (2005/7) e com esta e advogada Carla Tavares (de 2007, até agora, até agora.
Foi esta a candidata do PS à Junta de Freguesia, em 2009, e foi prolixa como os outros, a prometer mundos e fundos. Mas desapareceu, ou não ouço falar dela - a não ser agora, a abster-se no plano e orçamento da Junta. Isto é, acontece um pouco que as mulheres fogem dos lugares públicos, ou para tanto não são convidadas. Não sei.
Isto, em resumo, para confessar o meu desgosto por a nova direcção da Arcor apenas eleger uma. E tinha três.
22 dezembro 2010
||| BOAS FESTAS, BOM NATAL, BOM ANO NOVO DE 2011!
Estamos nas vésperas de Natal e podíamos pôr contas à vida sobre o ano de 2010 que está para acabar e foi bem difícil para muitos de nós!! Em muitos dias nos sentimos tristes e impotentes para vencer os dias de crise, que foram semanas e meses seguidos, pensativos e aborrecidos, incomodados com isto ou aquilo e muitas vezes com a agonia de não saber o que ir pôr na mesa na refeição seguinte.
O ano foi caro para as donas de casa.
Os produtos subiram! Os transportes também! E também aumentou a dificuldade de acesso ao trabalho.
É verdade que também aconteceram algumas coisas boas... Divertimo-nos, sonhámos, dançámos, bebemos, namorámos, alguns (muito poucos) até casaram e outros tiveram ou fizeram herdeiros - dentro ou fora do casamento, ou na tal união de facto.
O ano não foi fácil para as mulheres e por mim o digo.
Às doenças das crianças, às reuniões na escola e do condomínio e à redução de rendimentos salariais provocada pela carestia de vida, juntaram-se os aumentos de impostos e dos bens de primeiro consumo.
O papel das mulheres, e não só das de Óis da Ribeira, tornou-se mais incómodo e difícil: ter de trabalhar, cumprir horários, acompanhar as crianças, preparar as refeições, pontear e passar a roupa a ferro. Que ano difícil!
Mas estamos em vésperas de natal e desejo muitas felicidades para todos os ribeirenses!
Os que gostam e os que não gostam de nós, os que estão contra ou a favor do Contra, os que são amantes verdadeiros de Óis da Ribeira! E bom ano novo.
21 dezembro 2010
||| IMPOSTOS PARA ANDAR DE AVIÃO E BOM NATAL!
O Contra vai a banhos nos próximos dias. Mas vai ficar por perto, já que o bilhete de avião ir-nos-ia deixar no aeroporto e, então, cá vamos nós, mas de... carro. Não digo é para onde.
Cheguei a ponderar um voo não doméstico e, por isso, descobri o que nunca tinha reparado: pagamos um imposto de segurança e outro de combustível, para andar de avião.
Não sabia, mas fiquei a saber que já os tinha pago noutras ocasiões. Fiquei a matutar de como essa abstracção incómoda, também designada por Estado português nos entra nos bolso sem darmos por ela.
E perguntei-me também dos porquês destes impostos. O de segurança será para o mesmo Estado se precaver do facto do avião poder caír e do Estado perder um fiel contribuinte?
O imposto de combustível será pelo facto do avião precisar de combustível para voar, porque senão cai e temos o tal imposto de segurança?
A gente saber fazer as perguntas, sabe. Não temos é resposta.
Vamos ao que interessa: nos próximos dias deixo-vos com os «Contras» de conserva e com a desejada apresentação da nossa amiga blogueira. Então, inté!! E Bom Natal.
20 dezembro 2010
||| VENTOS QUE NOS TORNAM MAIS MAIS PEQUENOS...
As copas das árvores indicam-nos a orientação dos ventos, quando estes se tornam dominantes e nos ameaçam. E o que mais vemos, por aí, mas televisões, é tempestades arrasadoras, mortais e trágicas, que provocam lutos e envergonham esta sociedade que é egoísta e maltrata a natureza.
Ontem, na pateira, foi-me um lenço pelo ar, arrastado por uma rabanada de vento, brutal e veloz, que me fez tropeçar e cair. Fiquei a pensar de como, quantas vezes, nós não somos nada diferentes uns dos outros, embora todos tenhamos características distintivas. Até mesmo a falta dessa diferença nos transforma nessa peculiaridade muito ribeirense - que é a de intrigarmos, enredarmos, maldizermos, cortarmos na casaca. Somos demasiadamente individualistas. Isso não torna as coisas nem melhores nem piores. Mas torna-nos mais pequenos.
19 dezembro 2010
||| OS DIAS, OS CUMPRIMENTOS E AS PRENDAS DE NATAL
Estamos a uns dias do Natal e confesso que não concordo, e não gosto, dos muito miméticos comportamentos da quadra. Pode parecer presunção, poderá..., ou até mania, mas não é que eu queira ser diferente. Pura e simplesmente não gosto, pronto, o que é que querem?
Na verdade, não me identifico com eles, aborrecem-me as mesuras com que as pessoas se tratam, se cumprimentam, se oferendam. Como se isso fosse uma obrigação social e tenhamos todos de andar por aí a esvaziar os bolsos em prendas que são sempre a mesma coisa: peças de roupa, perfumes e brinquedos.
Gostaria de estar num sítio em que isso não acontecesse... e vou deixar a expressão que todos conhecemos: o Natal devia ser todos os dias!
18 dezembro 2010
||| MAIS VALERIA A MONARQUIA, EM VEZ DA REPÚBLICA...
Tive particular curiosidade em assistir aos debates entre os presidenciais candidatos, não por qualquer especial interesse mas mais para ter uma ideia da conversa dos senhores e conhecer a cara de Francisco Lopes e aquele senhor de Viana, como é que se chama? Ah, Defensor Moura. Que raio de nome!
Confesso que do que vi, não gostei. Para além dos lugares comuns dos candidatos, faltou-me paciência para os ouvir até ao fim e fui lavar os pés, antes de os enfiar em vale de lençóis e me pôr a fazer palavras cruzadas. Depois, acabei-as e ocorreu-me ter em casa a Constituição - o livro.
Vejam lá a minha santa parvoíce, que me pus a lê-la (não me lembro de alguma vez a li...), tendo achado curioso, sobre as funções presidenciais, que quem neles vota, vota para um cargo cujo titular o mais que faz é dizer que não pode fazer nada, por não tem poderes, blá-blá-blá... E não tem!
A ser assim, desculpem lá a minha costela monárquica, preferia ter um rei mesmo a sério, nem que fosse o nosso D. Afonso e D. Isabelinha Herédia, ele com aquele jeito que tem para nos fazer sorrir. E poupavam-se milhões, só nas eleições.
Confesso que do que vi, não gostei. Para além dos lugares comuns dos candidatos, faltou-me paciência para os ouvir até ao fim e fui lavar os pés, antes de os enfiar em vale de lençóis e me pôr a fazer palavras cruzadas. Depois, acabei-as e ocorreu-me ter em casa a Constituição - o livro.
Vejam lá a minha santa parvoíce, que me pus a lê-la (não me lembro de alguma vez a li...), tendo achado curioso, sobre as funções presidenciais, que quem neles vota, vota para um cargo cujo titular o mais que faz é dizer que não pode fazer nada, por não tem poderes, blá-blá-blá... E não tem!
A ser assim, desculpem lá a minha costela monárquica, preferia ter um rei mesmo a sério, nem que fosse o nosso D. Afonso e D. Isabelinha Herédia, ele com aquele jeito que tem para nos fazer sorrir. E poupavam-se milhões, só nas eleições.
17 dezembro 2010
||| AS CARTAS DO BARALHO DE ALGUNS E DO NOSSO
Este blog não pretende ser consensual, mas não entra em polémicas desnecessárias. Pretende ser interveniente, mas não quer macular quem quer que seja. É um ponto de honra e toda a gente sabe. Toda a gente sabe, mas alguns pretendem ignorar sempre que lhes apraz ou meramente porque as cartas que aqui deitamos não cabem no entendimento do seu baralho.
O que aqui trazemos a ler reflecte a realidade que conhecemos, de Óis e do país. Não percebemos qual é o nosso pecadilho, por tal fazermos. Porque será que, na santa terrinha, sempre que alguns temas são mencionados a discussão se subsume e se agitam tanto tantas almas? Não entendemos, embora percebamos como é difícil a qualquer um de nós aceitarmos os nossos vícios e defeitos, principalmente quando o nosso naipe não é o de trunfos.
16 dezembro 2010
||| AS ELEIÇÕES DA ARCOR NO FEMININO...
As hostes ribeirenses parecem estar animadas com a perspectiva de aparecerem duas listas nas eleições da Arcor e eu uma vez mais tenho o desgosto de nenhuma ser liderada por uma senhora. E será que a direcção vai ter alguma?
Fiz o meu trabalhinho de casa e dei conta que a actual tem três mulheres: Madalena Neves, Ascenção Tavares e Carla Tavares, facto que verdadeiramente me surpreendeu.
Francamente, eu não tinha ideia de existir uma tão grande participação feminina no elenco directivo da Arcor e o que desejo é que a futura, seja ela qual for, acentue o papel interventivo e competente das mulheres de Óis.
A hibridez e provocação do post de ontem, aqui no Contra, deixou-me intrigada: duas listas? Uma, sabe-se qual é, pois realmente tem sido anunciada em todas as parangonas, curiosamente sem ter aparecido nenhuma referência no blogue da Arcor, que é administrado pelo anterior presidente. Acho curioso, por o blog ser de uma espécie de porta-voz oficioso da associação. Ora, não dizendo nada o blog, acentua-se o mistério. Será que a segunda lista é proposta pela direcção e maioritariamente de mulheres? Essa, eu gostava.
Vamos esperar para ver.
Fiz o meu trabalhinho de casa e dei conta que a actual tem três mulheres: Madalena Neves, Ascenção Tavares e Carla Tavares, facto que verdadeiramente me surpreendeu.
Francamente, eu não tinha ideia de existir uma tão grande participação feminina no elenco directivo da Arcor e o que desejo é que a futura, seja ela qual for, acentue o papel interventivo e competente das mulheres de Óis.
A hibridez e provocação do post de ontem, aqui no Contra, deixou-me intrigada: duas listas? Uma, sabe-se qual é, pois realmente tem sido anunciada em todas as parangonas, curiosamente sem ter aparecido nenhuma referência no blogue da Arcor, que é administrado pelo anterior presidente. Acho curioso, por o blog ser de uma espécie de porta-voz oficioso da associação. Ora, não dizendo nada o blog, acentua-se o mistério. Será que a segunda lista é proposta pela direcção e maioritariamente de mulheres? Essa, eu gostava.
Vamos esperar para ver.
15 dezembro 2010
||| POLÍTICAS ELEITORAIS E OUTRAS SURPRESAS QUE TAIS...
A proclamação da unidade é virtude e defeito comum dos movimentos sociais de hoje. Por tudo e por nada se apela à unidade, embora raramente se a pratique. Poucas vezes os movimentos sociais - aqui, é mais certo dizer partidos políticos... - sabem fazer, ou querem fazer, o somatório das partes, funcionalizando o todo que seria a tal unidade.
Vem isto a propósito do quê? De eleições, como não poderia deixar de ser. E porquê? Porque me garantiram, indicando nomes e tudo, que a Arcor irá ter pelo menos duas listas na assembleia geral de 30 de Dezembro. Duas listas politizadas, ainda por cima.
Conheço um dos líderes indicado como candidato a presidente da direcção e não conheço o outro. Portanto, se votasse, não teria dificuldade a escolher em quem votar! Mas lamento que, mais uma vez, as eleições de uma associação que não se deveria deixar partidarizar, a façam entrar num movimento fraticida. E confesso que muito me admira a candidatura, da parte de um dos putativos presidentes. Ele há cada surpresa!!! Ou é mais um bluff?!
14 dezembro 2010
||| PORQUE É QUE O WIKILEAKS NÃO FALA DE NADA DE ÓIS?
A história do WikiLeaks que por aí vai criando incómodos a muita gente e a muitos governos, por esse mundo fora, mais não está a fazer que dar importância a alguns minúsculos políticos, que não passariam de torta cepa do desconhecimento público, se por ele não fossem falados.
Ao que por aí de diz, eu até acho piada e não me incomoda nada que os gestores do site estejam ou não estejam a cometer ilegalidades. E reparem que só é falado nas notícias do WikiLeaks quem está metido em alguma alhada.
Acho até que WikiLeaks, se servir para percebermos melhor em que mundo vivemos e como funcionam os seus mandantes, então bato-lhe palmas e até vou a Fátima a pé.
O que aqui me intriga, e gostava que alguém me explicasse, é porque ainda não apareceu nada nem ninguém de Óis no WikiLeaks.
Caramba, o que eu gostava era de um escandalozeco local, para a malta se animar.
13 dezembro 2010
||| A SEGURANÇA E OS ASSALTOS EM ÓIS DA RIBEIRA
Má notícia que trouxe de Óis tem a ver com mais um assalto a uma residência, neste caso a uma família recentemente enlutada.
Isto é, para mim, a mais triste notícia deste período do advento natalício, que é de prendas e de partilha, mas afinal também de divisão forçada dos nossos bens - em actos que, sem dúvidas, são de violência inqualificável.
A violência, de resto, parece instalar-se cada vez mais, entre nós.
Antes, as culpas de assaltos eram comummente atribuídas a pessoas conhecidas. Hoje, uns nem sequer estão no país e outras regeneraram-se. Então, quem é quem? Quem pratica violência, a violência que são os assaltos?
A polícia terá andado em Óis, no encalço de pistas.
A questão que sobra, e sobeja, tem a ver com a segurança que decresce e o medo que aumenta. Já ninguém se sente seguro, por razões de natureza pessoal ou patrimonial.
Lá se vão os tempos em que os nossos avós deixavam a porta só com a gramela e iam para os campos descansados da vida.
12 dezembro 2010
||| ROJÕES DE ÓIS DA RIBEIRA E O ORDENADO DO MÊS...
A duas semanas do Natal, já tive a prenda mais desejada: dois bons tachos de rojões, de porco caseiro, alimentado com restos de cozinha e panelões de abóboras, nabos e couves, com farinha de milho moído lá em casa. Aquilo é que são rojões.
Os ventos no ano que vem não vão ser os melhores, pelo que esta prenda antecipada me vai aliviar uns bons pares de almoços e jantares, com a vantagem de saber que estou a comer coisa de casa, com aquele sabor bom que só as nossas mães sabem fazer.
Para além disso, o meu ordenazito mensal sempre vai ficar um bocadinho menos pequeno que o mês. Foi quanto eu ganhei por este fim de semana. Mais uma abóbora menina, para os bilharacos, e um cordão de cebolas do aido.
Assim é que sabe bem ser de Óis da Ribeira.
Os ventos no ano que vem não vão ser os melhores, pelo que esta prenda antecipada me vai aliviar uns bons pares de almoços e jantares, com a vantagem de saber que estou a comer coisa de casa, com aquele sabor bom que só as nossas mães sabem fazer.
Para além disso, o meu ordenazito mensal sempre vai ficar um bocadinho menos pequeno que o mês. Foi quanto eu ganhei por este fim de semana. Mais uma abóbora menina, para os bilharacos, e um cordão de cebolas do aido.
Assim é que sabe bem ser de Óis da Ribeira.
11 dezembro 2010
||| ELES COMEM TUDO E NÃO QUEREM DEIXAR NADA
A moda vai sendo falar dos problemas estruturais do país e, por isso, acusar o Estado - essa abstracção incómoda que é culpada de tudo e mais alguma coisa. Só ainda está para se saber, bem, é o que é isso do Estado. Um político dir-nos á que somos todos nós. Todos nós? essa é boa!!... Eu, para já, não!
O Estado suga-nos impostos que uns senhores, muitas vezes incompetentes, se encarregam de onerar e depois gastar á tripa forra. Portanto, eu não sou Estado coisíssima nenhuma! O Estado, por princípio, seria o organismo regulador da sociedade, por isso o conjunto de indivíduos que forma o Governo, o funcionalismo público, os políticos profissionais - esse grupo de gente quer se bate ao voto de quatro em quatro anos.
O Estado é, portanto, salvaguardadas as honrosas excepções, a turba de gajos cujo princípio básico e essencial é ir sacando o mais que podem, com os impostos (uns), saltar de letra em letra e fazer o menos possível no maior espaço tempo possível (outros) e garantirem a reeleiçãozinha de 4 em 4 anos, com que vão enchendo a barriga.
Diria Zeca Afonso que eles comem tudo e não deixam nada. Não querem deixar nada.
10 dezembro 2010
||| O ALEGRE CANDIDATO QUE NOS FAZ TRISTES...
A bem dizer, até que era fixe termos um Presidente da República de Águeda, que bem poderia vir a ser o Manuel Alegre. Como diria aqui o puto, era «bué de fixe...». E ser ele ou outro, valha a verdade que era a mesma coisa e nós satisfazíamos o ego.
Mas a verdade é que o poeta, seja lá porque razão for, passa a vida a dar tiros nos pés e já nem se sabe se quer mesmo ser presidente ou apenas a andar pelas televisões a mandar umas javardices ao Cavaco Silva. Como aquela dos Cantos dos Lusíadas. Até parece que anda a fazer de propósito para perder.
E como não é previsível que nos debates os faça em verso, que nisso certamente dava uam abada ao actual presidente, receio bem que se e nos embasbaque, desperdiçando ainda mais o capital de votos que teve em 2005.
Será que teme uma segunda volta em que não seja ele o adversário do actual presidente. Olhem lá, onde é que andam os conselheiros do candidato? Não o sabem avisar?
O cartoon é de Henrique Moreira
09 dezembro 2010
||| A CRISE E A DRAMÁTICA SITUAÇÃO DOS DESEMPREGADOS
É recorrente para a nossa quarta-feirista vir aqui falar das coisas do feminino e, lamentavelmente, é dramático, para nós todos, termos de voltar a falar de desemprego.
Hoje, via email, um amigo de escola deu-me a pior das notícias: está desempregado desde o princípio do mês, com dois filhos na escola e a mulher a pouco mais que o salário mínimo.
E diz-me ele que se uma semana antes lhe perguntassem, diria que tinha emprego seguro.
Mais surpreendente para mim foi ele comentar que até compreende o patrão, em particular, e os empresários, no geral, por não saberem, e estou a citá-lo, se no dia seguinte vão conseguir honrar os seus compromissos, por também não saberem se os seus clientes os honram.
O drama maior, porém, e agora seu eu a dizer, é dos trabalhadores - que acordam todos os dias sem saberem se ainda vão ter emprego, ou ter dinheiro suficiente para a prestação ou a renda da casa, ou para dar de comer à família. Aí é que bate o ponto mais trágico e há milhares de portugueses que poderão estar nessa situação, entre os mais de 600.000 desempregados oficialmente registados.
Mais grave ainda será que a larga maioria é cada vez mais desempregado de longa duração e sem subsídios de desemprego, mas com remédios e livros da escola para pagar. Não caminhamos para melhor, infelizmente. A crise está para durar!
08 dezembro 2010
||| O (NÃO) PAPEL DAS MULHERES NA POLÍTICA
As mulheres na política é um tema já recorrente, mas não resisto a ele, por interesse em mostrar de quanto são úteis á sociedade, desde que são as geradoras do mundo, passando pelos primeiros passos de cada um, a aleitação, a escola..., por aí fora, até aos últimos suspiros de vida.
Vem isto a propósito de mais uma chamada telefónica recebida da escola, onde logo imaginei que a criança cá de casa se teria furiosamente atirado contra uma parede na aula de educação física, feito alguma birrinha ou qualquer outra pequena patifaria própria da idade. Afinal, era uma otite.
O recado foi lancinante: que se estava a queixar de dores desde manhã, que primeiro pareceu que a coisa não seria assim tão grave assim, mas que afinal não aguentaria até à hora de sair da escola e que o melhor era eu ir buscá-la.
O que primeiro me ocorreu foi ligar aos meus sogros, mas não consegui localizá-los, pelo que a solução foi mesmo ir à escola - onde afinal verifiquei que o alarme era um enorme exagero. Graças a Deus!
A viajar para casa e depois de dar um alerta ao pai, fiquei-me a pensar porque carga de água é que as escolas chamam sempre as mães e nunca os pais, quando é para acudir a estas e outras coisas com as crianças. Será só porque somos as mães, como diz uma amiga minha, porque os pais «só servem para os fazer».
É aqui que bate o ponto... político! Se toda a sociedade assim depende tanto (e exageradamente) das mulheres, da gestação à morte e por toda a vida, porque não hão-se ser elas a comandar o mundo? E Óis.
Lembram-se de Golda Mehir (Israel), Margaret Thatcher (Inglaterra), Eva Peron e Cristina Kirchner (Argentina), de Condoleezza Rice ou Hillary Clinton (EUA) ou de Dilva Roussef (Brasil)? Ou mesmo das portuguesíssimas Maria de Lurdes Pintasilgo e Manuela Ferreira Leite?
Agora deu-me aqui uma coisinha na orelha direita, que senti a arder, mas não resisto a ressuscitar a discussão sobre o papel das mulheres na política. Em Óis, porque não? Sem aventureirismo mas confiantes, pois então! Se são chamadas para acudir a tudo, porque não assumirem papel mais activo na vida pública?
Agora chamem-me feminista.
07 dezembro 2010
||| O TM/ÓIS CONTRA O PSD/P
O poder, em Portugal, tem sido dividido entre PS e PSD, cada qual com as suas culpas no cartório - a que se juntam algumas do CDS, sempre que fez de muleta a um ou a outro.
Agora que se fala outra vez de uma coligação do PSD com o CDS para correr com o Sócrates, vem ao caso lembrar que, coligação por coligação, em Óis também houve uma, o ano passado: o PS/CDS/PCP/LIOR contra o PSD. Por outras palavras, todos ao monte contra o Pires. O TM/ÓIS contra o PSD/P.
A coisa deu no que deu, com o PSD a sentir necessidade de esmiuçar todos os seus argumentos, os melhores, os piores e os assim-assim, para bater a primeira candidatura feminina de Óis, mas se calhar até que foi pena, pois ter-se-ia uma experiência nova, embora certamente não se mudasse grande coisa, a fazer conta nos números que se ouvem falar da tesouraria da Junta e das transferências da Câmara e do Estado.
A questão agora, é a seguinte: quando vai mudar a cor da coisa? E vai mudar?
Agora que se fala outra vez de uma coligação do PSD com o CDS para correr com o Sócrates, vem ao caso lembrar que, coligação por coligação, em Óis também houve uma, o ano passado: o PS/CDS/PCP/LIOR contra o PSD. Por outras palavras, todos ao monte contra o Pires. O TM/ÓIS contra o PSD/P.
A coisa deu no que deu, com o PSD a sentir necessidade de esmiuçar todos os seus argumentos, os melhores, os piores e os assim-assim, para bater a primeira candidatura feminina de Óis, mas se calhar até que foi pena, pois ter-se-ia uma experiência nova, embora certamente não se mudasse grande coisa, a fazer conta nos números que se ouvem falar da tesouraria da Junta e das transferências da Câmara e do Estado.
A questão agora, é a seguinte: quando vai mudar a cor da coisa? E vai mudar?
06 dezembro 2010
||| PORTUGAL EMPRESTA DINHEIRO À IRLANDA? A GENTE LÊ E NEM ACREDITA
Soube-se hoje, vejam lá!!!..., que Portugal vai emprestar qualquer coisa como 463,5 milhões de euros à Irlanda. Ouvi bem? Li bem?!!!! Li e ouvi.
Vai então de cuidar saber-se do que se passa e o nosso inimitável 1º. Ministro Sócrates, com aquele ar seriozinho que Deus lhe deu, explica, explica, explica..., tim-tim-por-tim-tim, que achou que esta participação de Portugal no fundo da União Europeia era um, imaginem lá!!!!...., um investimento.
Um investimento?
Não dá para acreditar?!
Então a gente está a pagar a 6 e tal por cento de juros no mercado financeiro e vai emprestar dinheiro à Irlanda a.... 5 por cento? Dá para acreditar?
Isto faz lembrar a história do nobre falido, que, para enganar as aparências, continuava a fazer vida de rico, até que teve de vender todas as propriedades para pagar os calotes.
04 dezembro 2010
||| A REPÚBLICA POPULAR E DEMOCRÁTICA DAS BANANAS
O fim de semana está frio, frígido, gelado, mas o quemais me incomodou não foi tanto o frio, mas saber que o governador dos Açores, um tal Carlos César, decidiu compensar o corte de salários dos funcionários públicos decretado pelo chamado Governo da Repíblica(o de Sócrates) atribuindo-lhs um subsídio de igual valor.
É o limite da falta de vergonha.
Se o governador Carlos César pagasse o tal subsídio do seu bolso, vá que não vá. Era problema dele! O problema é que faz de benemérito à custa do orçamento do Estado. Isto é, do nosso bolso, o de todos os contribuintes. E desrespeitando toda a autoridade do Governo e as leis que este decretou e que devem ser iguais para todos.
Por este nível de degradação do sistema político e de falta de credibilidade dos governantes e das finanças públicas, não se admirem de um destes dias termos um novo Salazar.
Não deixa de ser curioso, de resto, que tanta gente comece a falar dele e, há uns anos, o tenham votado como o português do século. Com este nível dos actuaus governantes!!! Enquanto isso, já agora, uma nota: enquanto isso o Sócrates andava de calções e camisola amarela a correr de sapatilhas na Argentina. Isto é mesmo uma «república». Popular e democrática, mas das Bananas!
03 dezembro 2010
||| O CRÉDITO À GENTE QUE ANDA POR AÍ...
Aborrece-me ver alguns programas de televisão e o Prós & Contras, de muito amado passou a indesejado, já que, do meu ponto de vista, se tornou muito governamental e pouco imparcial.
A sra. dra. Fátima Torres, cá para mim..., julga-se a sabedoria em pessoa, tornou-se vaidosa, petulante e convencida e só dá a palavra a quem bem lhe interessa. Deixei de ser espectador quando deixou de ser Prós & Contras e se ficou mais pelo Prós. O programa para mim pouco fiável e inapetecível.
Porém nesta hora em que Portugal se afunda, assisti a parte do último, que falava da ininente entrada do FMI em Portugal. E quando por lá vi o dr. Henrique Medina Carreira, então fiquei mesmo a ver. Costumo vê-lo na SIC Notícias - onde aponta o dedo, como punhais, aos senhores que (des)governam e se governam neste país. A que ele chama «essa gente que anda por aí».
Retive, especialmente, a sua aformação de que «em Monarquia havia democracia» - embora não percebesse porquê... - mas muito mais quando afirmou que alguns dos que por la estavam no Prós, «colaboram com o engano». E mais ainda quando perguntou à sra. dra. e convidados se achavam que Portugal «dá grande crédito à gente que anda por aí?». Ninguém respondeu, mas de minha parte digo que NÃO!
Cartoom (adaptado) de Henrique Moreira
02 dezembro 2010
||| A INDEPENDÊNCIA, AS MULHERES E O EURO-MILHÕES...
Ontem, foi feriado nacional e dia de evocar a restauração de Portugal mas, num breve inquérito entre amigos, pouco se sabia da data história de 1640. No almoço do Telheiro, até, vejam lá, cheguei a ouvir que foi o dia em que o Infante D. Henrique criou a Escola de Sagres.
Isto para dizer que, quanto a independências, a actual geração está mais virada para a das mulheres, como anda ontem aqui se viu no Contra. E, cá por nós, força para elas.
Independência para elas e, seja permitida a redundância, para o Estado Português - que bem precisa de se libertar da fragilidade económica e financeira a que nos levou o inimitável 1º. Ministro que temos.
Realmente, e salvo melhor opinião, a nossa dependência financeira do exterior e a mais do que provável chegada do FMI, devem convocar-nos para uma reflexão sobre a importância da nossa independência - que, por muito que nos custe (e custa!) é meramente formal e anda disfarçada de uns arroubos de importância que, na verdade, não temos.
Veja-se, por exemplo, o que ainda hoje aconteceu com a candidatura ibérica à organização do Mundial de futebol de 2018. Lá foi para os russos, apesar de uns senhores muito importantes terem por aí andado a dizer que tínhamos muitas possibilidades. Então não tínhamos?!!! Tantas, como ganhar o euro-milhões!
01 dezembro 2010
||| MULHERES DE SAPATO ALTO E AO PODER...
Estava eu hoje, por assim dizer, sem tema e, ao dar uma volta pelo comunidade blogal de Óis, não poderia ter encontrado melhor assunto: as mulheres no poder. A foto foi tirada da página de Luís Neves e mostra o Poder Local de Águeda (ascendente de Óis da Ribeira) na máxima expressão feminina: a vereadora Elsa Corga e a representante da Assembleia Municipal Carla Tavares - que até é de Óis.
É da hora dos discursos na festa da Tuna.
As mulheres, como todos sabemos embora os homens não gostem de reconhecer, sempre foram quem mandou no mundo. Logo a começar por casa. Só que agora, descalçaram as tamancas e puseram sapato de salto alto, para assumirem funções públicas e políticas. Eu não teria melhor tema, quando este me escapava para a minha blogagem de 4ª. feira. Tenho de agradecer a Deus e a estas duas mulheres.
Melhor que as palavras, aí está a foto e o rosto enigmático do presidente da Junta. E em que meditará a ribeirense Carla Tavares? Se calhar, a perguntar-se de como foi possível perder as eleições justamente para o Fernando Pires.
É da hora dos discursos na festa da Tuna.
As mulheres, como todos sabemos embora os homens não gostem de reconhecer, sempre foram quem mandou no mundo. Logo a começar por casa. Só que agora, descalçaram as tamancas e puseram sapato de salto alto, para assumirem funções públicas e políticas. Eu não teria melhor tema, quando este me escapava para a minha blogagem de 4ª. feira. Tenho de agradecer a Deus e a estas duas mulheres.
Melhor que as palavras, aí está a foto e o rosto enigmático do presidente da Junta. E em que meditará a ribeirense Carla Tavares? Se calhar, a perguntar-se de como foi possível perder as eleições justamente para o Fernando Pires.
30 novembro 2010
||| OS PRIVILÉGIOS DE UMA ALDEIA COMO ÓIS...
Hoje, tive de vestir casaco comprido e calçar botas altas, com meias grossas, para me defender da friagem deste fim de Novembro. E até pôr gorro, luvas e cahecol, mas nem mesmo assim me safei de uma rapadela de frio e quase apanhei uma molha, na corrida do trabalho para o carro. Com este tempo assim de friagem, o que sabe mesmo bem é andar em casa como se estivessemos no verão e a usufruir do aquecimento ligado. A minha mãe, preocupada com as minhas frieiras - e como sofro com elas... - telefonou a perguntar se preciso de lenha, para a ir buscar amanhã. Se calhar, vou comer um caldinho de couves com feijão e aproveito para encher a mala de rachas para o fogão de sala. É o privilégio de ter como base familiar uma aldeia como Óis. Viva Óis!!!
28 novembro 2010
||| ANDAREM A FAZEREM-NOS DE TOLOS...
O Contra recebe correspondência via email com alguma regularidade, mas nem sempre abrimos a conta no dia e por vezes passam-nos de oportunidade algumas sugestões e de outras tantas críticas. Só normalmenmte ao fim de saemana o fazemos.
Hoje, vi uma mensagem já com alguns dias e que tinha a ver com o despropósito (na opinião do nosso correspondente) com que há dias aqui lembrámos as promessas eleitorais dos candidatos locais de 2009.
Nem sempre respondo a estes recados, mas algumas vezes seguimos algumas sugestões.
Concordamos umas vezes, outras nem tanto. Neste caso concreto, não concordamos. Nós devemos, até por dever de cidadania, lembrar o que se prometeu. E lembrar isso a quem prometeu.
O candidato, ganhador ou perdedor, só porque passou a época da promissão, não pode deixar de ser responsabilizado pelo que voluntariamente assumiu como seu dever, prometendo o que quer prometer aos seus concidadãos.
Fizemos isso para tal lembrar.
Os candidatos não podem andar a fazer-nos de tolos, de 4 em 4 anos. Penso eu de que!
27 novembro 2010
||| UM FIM DE SEMANA CHEIO EM ÓIS DA RIBEIRA
Óis da Ribeira, vá lá saber-se porquê, costuma marcar várias actividades para o mesmo dia e ás vezes até mesma hora. Este fim de semana, uma vez mais isso acontece.
1 - A Tuna faz anos e hoje tem arruada.
2 - A Arcor organiza uma gala da canoagem e é hoje.
3 - Amanhã, a Tuna continua os anos amanhã e a Igreja recebe o Bispo de Aveiro para benzer o novo altar e o ambão.
Aqui, até se entende - pois juntou-se a missa da festa musical, com a solenidade bispal. E, no fundo, nem fica mal, pois conjungam-se dois factos em um apenas e não se «ocupa» tanto tempo. Será por isso?
Fica, portanto, uma nota positiva quanto ao dinamismo da instituições ribeirenses, que assim «dão» um fim de semana cheio ao pessoal: a Tuna (por duas vezes), a Paróquia e a ARCOR.
1 - A Tuna faz anos e hoje tem arruada.
2 - A Arcor organiza uma gala da canoagem e é hoje.
3 - Amanhã, a Tuna continua os anos amanhã e a Igreja recebe o Bispo de Aveiro para benzer o novo altar e o ambão.
Aqui, até se entende - pois juntou-se a missa da festa musical, com a solenidade bispal. E, no fundo, nem fica mal, pois conjungam-se dois factos em um apenas e não se «ocupa» tanto tempo. Será por isso?
Fica, portanto, uma nota positiva quanto ao dinamismo da instituições ribeirenses, que assim «dão» um fim de semana cheio ao pessoal: a Tuna (por duas vezes), a Paróquia e a ARCOR.
26 novembro 2010
||| POR FALAR EM GREVE...
Já que por aqui se voltou a falar de greve, e concordando com o último parágrafo da prezada blogueira de ontem (que não te falte dedo e ideias...), acho-me no direito de meter a minha colherada na sua «razão» sobre a greve das mulheres ao trabalho doméstico: é que eu não fui ensinado a essas coisas da cozinha e da limpeza da casa.
Dizia-se no meu tempo - até já pareço o meu avô a falar... - que isso de um homem cozinhar era uma mariquice. E maricas é que eu não sou.
Mas por falar em greve, e sobre a dita geral de anteontem, a verdade é que já nos habituámos às centrais sindicais dizerem ter «paralisado o país», enquanto o governo aligeira a carga e responde que não, que não e que não.
Só que a diferença é entre as duas razões é grande: 80%, dizem os sindicatos; 20%, afirma o ministério da ex-sindicalista Helena André.
Então, no que é que ficamos? Um está a mentir. Ou estão os dois?
25 novembro 2010
||| GREVE PRECISAMOS NÓS, AS MULHERES, DE FAZER...
Volto hoje ao blogue, a propósito do post de anteontem, sobre a greve. Fazer greve, para ser sincera, sempre me meteu confusão e constrangimento, porque quase sempre acontece por a empresa não melhorar ou não pagar os salários. E os salários eu tenho-os como ser justo pagá-los. Quem trabalha tem direito a ser remunerado.
Acontece é que normalmente as greves só pioram as coisas, pois não só a empresa deixa de produzir, como por isso mesmo deixa de poder vender e, consequentemente, de receber dos clientes e de poder pagar.
Por aqui, eu até seria contra a greve. Outras formas haverá de lutar pelos salários e garantir o emprego.
Mas a greve de ontem foi diferente e aqui está um ponto discordante do postador de anteontem.
Isto porque a greve, neste caso, foi o povo a sair à rua e a protestar contra o governo/estado/empresa e empresa que também despede e paga fora de horas. O país não produziu o habitual e acrescentou prejuízos aos números do défice e como tal de nada serviu. Mas mostrou indignação! Valeu por isso.
Greve precisamos nós de fazer, as mulheres. Greve à cozinha, ao ferro de engomar, ao pó da casa, à limpeza dos vidros, a tudo o que os nossos homens não fazem e nós fazemos para além do nosso trabalho no emprego.
Vamos juntar-nos no largo do Cruzeiro, no fim de missa, e marchar até à pateira, para matar as nossas dores, com slogan contra os maridos machistas por quem nos enamorámos.
24 novembro 2010
||| OS MIMOS QUE NOS FAZIAM FELIZES...
Olá, quarta-feiristas da minha vida, cá estou eu para vos falar das minhas coisas - que são mais ou menos iguais às de quase toda a gente.
Uma delas, e uma das melhores, é de quando em vez ir à escola buscar uma das crias, para almoçar ou merendar com elas. É uma gracinha, acreditem, eu ver-me sentada numa pastelaria, a mexer o galão e a devorar um pastel - que a criança do meio insiste que deve ser comido de faca e garfo. E assim faz.
Hoje é dia de greve geral e eu, mais livrezinha de tempo e com espaço certo para estacionar, não me dispensei desse prazer e foi ver-me (quem viu deve ter gozado à brava...) a comprazer-me e de perna leve, buscar a criança para o lanche. E soube tão bem!
No meu tempo e no de muita outra gente, não havia estes luxos: os de ir lanchar à pastelaria com os filhos. Ou com a mamã.
Havia outras coisas.
Falta-nos, por exemplo, o prazer da sandes de marmelada feita pela avó, ou o pão barrado de manteiga e cola-cao, ou do folar da páscoa comido com uma fatia de queijo muito fininha, quase transparente. Eram estes mimos que nos faziam felizes. E então se fosse uma fatia de pão doce da ti Maria Padeira?? Ai, ai... E se fosse trigamilha ainda quente, com a margarida a derreter-se?! Depois, era a rua, a rua, a rua..., a correr cabo abaixo, ou a ir vestir bonecas para a casa da eira. Não havia creches, nem ATL´s.
A nossa terra, agora, nem sabe o bem que tem, na ARCOR que temos!
23 novembro 2010
||| O QUE (NADA) VAI ADIANTAR A GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO
Não sou entidade patronal, para o mal e para o bem (mais para o mal...), pelo que não terei a opinião mais imparcial sobre a greve geral de amanhã. Por um lado, estou do lado dela - pois este governo anda a tirar-nos a guita do bolso e o pão da boca com uma pinta danada. Por outro, acho que a greve não nos vai adiantar nada.
O exercício do direito à greve, como todos sabemos, tem abrangido principalmente a administração pública e o sector empresarial do Estado. De um lado, a força dos sindicatos, do outro a fraqueza dos políticos. É o que a história nos diz. Por assim dizer, os trabalhadores por conta do sistema privado não são ouvidos nem achados no meio disto tudo, mas estão sempre lixados e devem estar atentos e "alheios" a greves - pois se a fizeram, isso pode significar-lhe uma porta aberta para o desemprego.
Não vou fazer greve, portanto continuo sob suspeição. Mas com opinião.
Portugal está metido numa gravíssima crise económica e financeira e não é possível separar o Estado e os seus colaboradores dessa crise. Mas a verdade é que, em anteriores momentos difíceis, piores ou melhores que este, apenas os privados sofreram. Basta lembrar-nos do último ano eleitoral - quando, já com toda a economia nacional presa por arames, o Governo aumentou os funcionários públicos em 2,9%. E os privados, nicles.
Agora sobre a greve de amanhã, acho que não vai valer de nada, pois não terá quaisquer consequências a nível das restrições que o Estado tem de necessariamente assumir para pagar os calotes e as sequelas dos seus continuados erros. A greve, pois, vai ser um dia de folclore político e sindical - sem nada beneficiar os trabalhadores. E muito menos os do sector privado.
22 novembro 2010
||| UM ESPAÇO MUSEOLÓGICO EM ÓIS DA RIBEIRA
Eu bem sei que é mais fácil de falar de "cortar na casaca". Cortar à tesourada e o mais possível a desfazer num qualquer, com quem não simpatizemos. Bom, mas eu não quero cortar na casaca, quero coser. Isto é: unir. Porque união é o que nós mais precisamos.
Vem isto da máquina a propósito da máquina que redescobri na velha saleta da costura, onde se fizeram mil cosidelas e se fizeram remendos. Quem não se lembra destas máquina de costura? Dos mais novos, muito pouco, concerteza! E, daqueles que já viram a máquina de costura a funcionar, quantos perceberam como é que ela funcionava e entrelaçava as linhas? Como unia as peças de roupa que se perdiam uma da outra?
Aqui, se calhar já são alguns.
Mas vem isto a propósito do quê? Da possível criação de um mini-museu em Óis da Ribeira, com peças de artesanato local. Por exemplo, quando se lembram dos arados, das charruas, dos ancinhos, das foicinhas, das cangas e das piaças, dos lavatórios e e das cadeiras de barbeiros? Das pedras de amolar as facas, das trempes e dos tachos de cozinhar ao lume, das máquinas a petróleo substituídas pelos fogões. Até que se calhar era fixe ver isso reunido num espaço museológico.
Vem isto da máquina a propósito da máquina que redescobri na velha saleta da costura, onde se fizeram mil cosidelas e se fizeram remendos. Quem não se lembra destas máquina de costura? Dos mais novos, muito pouco, concerteza! E, daqueles que já viram a máquina de costura a funcionar, quantos perceberam como é que ela funcionava e entrelaçava as linhas? Como unia as peças de roupa que se perdiam uma da outra?
Aqui, se calhar já são alguns.
Mas vem isto a propósito do quê? Da possível criação de um mini-museu em Óis da Ribeira, com peças de artesanato local. Por exemplo, quando se lembram dos arados, das charruas, dos ancinhos, das foicinhas, das cangas e das piaças, dos lavatórios e e das cadeiras de barbeiros? Das pedras de amolar as facas, das trempes e dos tachos de cozinhar ao lume, das máquinas a petróleo substituídas pelos fogões. Até que se calhar era fixe ver isso reunido num espaço museológico.
21 novembro 2010
||| POR FALAR EM PÓLO EDUCATIVO PATEIRA NASCENTE DE ÓIS DA RIBEIRA
Panfletos promocionais das candidaturas do PSD (em cima) e do PS (em baixo), ás
Eleições Autárquicas de 2009. Ambas falam do Pólo Educativo Pateira Nascente, mas ambos o esqueceram
Um dos habituais e mais ácidos comentadores do Contra veio azucrinar-nos a cabeça, alegando, na sua boa fé, acretimo eu!!!..., que a candidatura de Fernando Pires (PSD) nunca prometeu lutar pelo Pólo Educativo Pateira Nascente. E o mesmo diz um outro, menos avinagrado, é verdade, mas claramente incisivo, sobre o PS de Carla Tavares.
Ora bem, ambos falaram. E está escrito nos seus testamentos eleitorais de 2009.
Os jovens socialistas, deslumbrados de entusiasmo e na frescura menos cauta das suas ideias - e como é bom ter entusiasmo e fulgor nos ideais!... - anunciaram «total empenho na luta pela instalação do Centro Educativo Pateira Nascente na nossa freguesia». Nem queremos crer que o não fazem agora apenas por terem perdido as eleições.
O PSD, já batido nisto de eleições locais, mesmo assim cometeu o pecadilho de escrever no seu manifesto eleitoral, e com letras maiúsculas, POLO EDUCATIVO PATEIRA NASCENTE. Esqueceu-se de pôr o acento no «Ó», mas, pronto, prometeu.
Ambos prometeram e ambos esqueceram!
20 novembro 2010
||| A CIMEIRA DE ÓIS DA RIBEIRA
A Cimeira da NATO encheu Lisboa e as televisões. Hoje não se via e ouvia outra coisa. E ficou baptizada de Cimeira de Lisboa, como é normal nestas coisas. Já assim foi com o Tratado de Tordesilhas. Muitos países, mais habituados que nós a ver o país para além da capital, promovem outras cidades do país. Ocorrem-nos os recentes Tratados de Mastricht (Holanda), de Nice (França) ou de Schengen (Luxemburgo).
Os portugueses, moita carrasco... olha aí, fazem jus à máxima que o país é Lisboa e o resto é paisagem, e acoimam tudo para a capital, não lhes passando sequer pela cabeça que de outro modo pudesse ser. Mas e se fosse em Óis da Ribeira?! A Cimeira de Óis da Ribeira!!! Que fixe! Até íamos ter tolerância de ponto, e tudo!!!
Porém, como não somos tolos, vamos mas é avançar mesmo com a nossa Cimeira e pôr uma semana de feriados na nossa agenda! Para discutir o quê? Ora, o Estado da Nação de Óis da Ribeira». No plano político, no plano social, no plano económico, no plano religioso, no plano associativo - e, neste, as próximas eleições na Arcor e na Tuna, já que as da Comissão do Gado são favas contadas e quanto á AJOR, essa já lhe rezam pela alma.
Os portugueses, moita carrasco... olha aí, fazem jus à máxima que o país é Lisboa e o resto é paisagem, e acoimam tudo para a capital, não lhes passando sequer pela cabeça que de outro modo pudesse ser. Mas e se fosse em Óis da Ribeira?! A Cimeira de Óis da Ribeira!!! Que fixe! Até íamos ter tolerância de ponto, e tudo!!!
Porém, como não somos tolos, vamos mas é avançar mesmo com a nossa Cimeira e pôr uma semana de feriados na nossa agenda! Para discutir o quê? Ora, o Estado da Nação de Óis da Ribeira». No plano político, no plano social, no plano económico, no plano religioso, no plano associativo - e, neste, as próximas eleições na Arcor e na Tuna, já que as da Comissão do Gado são favas contadas e quanto á AJOR, essa já lhe rezam pela alma.
19 novembro 2010
|| ATIRAR PEDRAS A TORTO E A DIREITO E NO ESCURO!
A actividade blogosférica, as redes sociais e a abertura de comentários aos textos, são, digamos, uma democratização da opinião e da participação efectiva dos cidadãos.
Dúvidas houvesse e bastava dar uma volta pela blogosfera de Óis!! E nós, porventura melhor que ninguém, nós o sabemos - tal o caudal de comentários que nos chegam e nós, democraticamente, não publicamos - em nome do que julgamos ser o dever de respeito pela cidadania.
Pode parecer um paradoxo, mas não é.
Quem tiver paciência para ler os comentários despejados nos textos dos jornais on-line constata que a maior parte vem de gente que, no mínimo, deve ter no cabeçalho da ficha clínica a inscrição de atrasado mental. E por se sentir na capa do anonimato, atira pedras a torto e a direito, no escuro.
Isto vem a propósito de um comentário que há dias nos chegou, insultando o Contra. A minha mãe, Deus a tenha sã e viva por muitos anos, não é nada do que lhe chamou e suspeita figura.
18 novembro 2010
||| O PROBLEMA, SE CALHAR, DIGO EU... ESTÁ EM MUDAR DE TREINADOR
Portugal está no que deu e no que vê e não vê e os rostos que se olham nas ruas são os de gente triste e melancólica, a rapar as unhas no cotão dos bolsos, como que à procura de uns eurositos e com saudades dos escudos.
Quem se vê mais é gente de má cara, quase enfeiada, como que zangada ou doente e com ar de vir do hospício ou ir para o cemitério. Bem sei que isso é, digamos, que normal em reformados, em idosos e gente sem saúde, já gasta pela muita usura e abusos dos tempos. Mas olhar para crianças das escolas e ver-lhe rostos tristes, é um dor de alma.
Já nem falo dos adolescentes e jovens, que em vez de sorrirem e namorarem um amanhã de felicidade e euforia, mais parecem estar a sair de uma matiné e de ver um filme negro e dramático. Isto é uma tragédia!
Já nem falo dos adolescentes e jovens, que em vez de sorrirem e namorarem um amanhã de felicidade e euforia, mais parecem estar a sair de uma matiné e de ver um filme negro e dramático. Isto é uma tragédia!
Ao país parece que falta confiança, tem falta de liberdade, anda tudo triste.
Estava eu para aqui nesta lenga-lenga meia enlutada quando, zás, Portugal espeta 4 à Espanha!!! E até eu que de futebol percebo tanto como de porcas prenhas (o que me lembrou agora...) preguei os olhos na televisão e por ela lá me deixei.
Se calhar, digo eu, o que está a fazer falta ao Governo é o que fez a selecção de futebol: mudar de treinador. Se é por isso, porra... mudem lá o 1º. ministro, para a ver se nos libertamos deste Portugal que se enluta a cada dia que passa! E cada vez mais endividado.
17 novembro 2010
|||| FALTA O DEDO E A PALAVRA FEMININA EM ÓIS DA RIBEIRA
Não sou das que pensam como o Presidente da República, quando diz que há palavras a mais na política portuguesa. Eventualmente, haverá palavras sem qualidade e estas, estas, sim, estas andarão a mais.
Palavras de qualidade, palavras sábias e das que nos iluminam e esclarecem para além da espuma dos dias, essas é que claramente faltam. Admitamos que Cavaco Silva também não tem ajudado muito.
Em Óis, também haverá palavras a menos - em termos de sabedoria e imparcialidade política. E falta a palavra no feminino, para arrumar as coisas como devem ser, pôr a casa na ordem, ordenar as prioridades, todos os dias escolher o futuro como quem pensa e decide o que se vai cozinhar para o almoço ou para o jantar. Para arrumar a loja!
Quem decide, são sempre elas. Até a gravata que o marido põe, a camisa que veste, o sim ou o não dos momentos mais íntimos.
Quem decide, são sempre elas. Até a gravata que o marido põe, a camisa que veste, o sim ou o não dos momentos mais íntimos.
Óis, que eu me lembre, nunca teve voz feminina em posições de comando - para além das senhoras da catequese, das professoras que nos ensinaram o bê-á-bá e das mães que nos ensinaram a cerzir a roupa, a engomar as camisas, a limpar a casa, a temperar a sopa e a cozinhar o que alimenta a mesa da família. Faltam o dedo e a palavra feminina na vida de Óis.
Até quarta-feira.- CARTOON: Adaptado de Henrique Moreira
16 novembro 2010
||| ASSIM VAMOS NÓS NO ANO CRISTÃO DE 2010
Amigo de infância, daquela infância vivida sempre a correr de e para a escola, de ir aos ninhos, roubar maçãs no aido e cachos na lavoura e a «aturar» a chata da catequista (Deus me perdõe...), ou de fugir de umas relhadas dos mais velhos, falou hoje, comigo, quando nos encontrámos num espaço público e por lá ficámos a dedilhar conversa.
Tem estado doente, com alguns problemas que aqui não vem ao caso, e contou-me que numa das suas recentes idas ao médico por lá encontrou uma pessoa de Óis que lhe disse das suas dificuldades em aviar a receita que tinha na mão.
Por falta de dinheiro!
«E quem é?», perguntei eu.
Ele disse o nome!, quase em segredo, mas por todos os santinhos me pediu para não o repetir, em circunstância nenhuma.
«E que fizeste tu?»
Falou com o farmacêutico onde a família do conterrâneo já tinha conta de muitos euros e pagou o calote e a nova receita. «Leve-lha lá a casa e não diga quem pagou...», pediu ao homem da farmácia.
«Acreditas nisto?», perguntou-me.
Eu acredito. Já me aconteceu coisa parecida.
Assim vamos nós no ano cristão de 2010!
15 novembro 2010
||| A RAZÃO DE SABER LER BEM, OU SABER LER MAL...
Um blogue só é verdadeiramente um blogue quando resiste à tentação de ser inóquo. A bem dizer: quando incomoda, quando questiona e interroga. Sem ofender, sem se macular, sem defender causas de minorias, sem cometer o pecadilho da agressão gratuita, ou a leviandade de apontar o dedo por apontar.
Sempre que se cria um blogue, o mais certo é que a sua caixa de comentários seja lancetada de barbáries opinativas, de ideias que misturam a ficção com o real. Essa é a razão principal, dizem os especialistas, porque a maioria dos blogues dura uns meses, meio ano, pouco mais, por aí. E sabem porque mais? Essencialmente, porque as pessoas só têm quatro meses de coisas para dizer. E sem nada para dizer, calam-se e fecham-se os blogues. Pena é que isto não aconteça também na política - o que nos livraria de uns certos impecilhos falantes que por aí andam a gorgitar paleio fiado.
O comentador que ontem aqui veio enquadra-se neste tipo de gente e não entendeu a ironia do post sobre a política local.
O blogue quis evidenciar a natureza panfletária e demagógica da promessa eleitoral. Lá está escarrapachado, como se lê, que a conclusão do saneamento, quanto à segunda fase, seria em 2010 (ainda está a tempo!...); e que a terceira e última fase seria até final de 2013.
Não fomos nós que inventámos!
Não fizemos demagogia!
É o programa do PS que o diz. Como diz outras coisas.
Quanto ao Pólo Educativo, leiam bem a ironia!
14 novembro 2010
||| O QUE ÓIS DA RIBEIRA PERDEU POR TER GANHO O PSD
A política tem destas coisas e o que se pode concluir, um ano e pouco depois das últimas eleições autárquicas, é que Óis perdeu muito por ter ganho o PSD. Vejamos logo, a conclusão da segunda fase da rede de saneamento - que o programa do PS garantia ser concluída em 2010. Portanto, os ribeirenses, ao votarem no PSD do sr. Pires, perderam o saneamento. Uma perda de bandeja...
Perdeu mais. Por exemplo, o total empenho pela instalação do Centro Educativo Pateira Nascente. Não houve esse «total empenhamento» e vejam no que deu! Já viram o prejuízo? Já viram o que valeu darem mais votos ao PSD? Aprendam...
Perdeu mais. Por exemplo, o total empenho pela instalação do Centro Educativo Pateira Nascente. Não houve esse «total empenhamento» e vejam no que deu! Já viram o prejuízo? Já viram o que valeu darem mais votos ao PSD? Aprendam...
13 novembro 2010
||| O MÊS É CADA VEZ MAIOR QUE O ORDENADO
Não entendendo eu grande coisa de economia e muito menos de política, quero aqui confessar o meu fastio pela conversa fiada com que uns senhores e umas senhoras nos enchem os ouvidos e os olhos, nas TV´s, com comentários e mais comentários sobre o défice, as dívidas, o orçamento, os juros da dívida pública, o FMI e aquela coisa para mim enigmática que é a chamada dívida soberana.
Soberana? Eu diria, antes, que é dívida republicana.
As TV´s generalistas, meus amigos, são um fartar de opiniões e sugestões milagrosas para solucionar a crise. As TV´s de cabo, nas quais procuro alternativas, olhem... são idem, idem, aspas, aspas. Até chateiam..
Ele é os que a provocaram - a crise...-, ele é os que nada fizeram para a evitar, ele é os que se lá estivessem faziam o mesmo ou pior, ele são até ex-ministros das finanças e de outras pastas que se apresentam como especialistas a apontar o defeito e o milagre para a cura.
Chateia mesmo, pá!
Preferia estar a ver os filmes portugueses de antigamente, com o Vasco Santana e o António Silva, do que ter de me cegar a ver estes palradores - que ainda por cima usam palavreado de «economês» de que eu não entendo patavina.
Todos dizem, a começar pelo governo, que temos de cortar a despesa pública. Ok, cortem. Mas não lixem mais a receita do pobre trabalhador por contra de outrem e que, pela maré que vê encher a praia da sua vida, outra coisa não pode concluir que esta: o mês é cada vez maior que o ordenado.
Deixem-se lá de lixar a malta, com os convencionais aumentos de impostos e as ridículas pensões cada vez menores. «Vão pá porra, pá...», como diria o meu amigo do fundo da rua do Cabo.
O cartoon é de Henrique Monteiro.
Soberana? Eu diria, antes, que é dívida republicana.
As TV´s generalistas, meus amigos, são um fartar de opiniões e sugestões milagrosas para solucionar a crise. As TV´s de cabo, nas quais procuro alternativas, olhem... são idem, idem, aspas, aspas. Até chateiam..
Ele é os que a provocaram - a crise...-, ele é os que nada fizeram para a evitar, ele é os que se lá estivessem faziam o mesmo ou pior, ele são até ex-ministros das finanças e de outras pastas que se apresentam como especialistas a apontar o defeito e o milagre para a cura.
Chateia mesmo, pá!
Preferia estar a ver os filmes portugueses de antigamente, com o Vasco Santana e o António Silva, do que ter de me cegar a ver estes palradores - que ainda por cima usam palavreado de «economês» de que eu não entendo patavina.
Todos dizem, a começar pelo governo, que temos de cortar a despesa pública. Ok, cortem. Mas não lixem mais a receita do pobre trabalhador por contra de outrem e que, pela maré que vê encher a praia da sua vida, outra coisa não pode concluir que esta: o mês é cada vez maior que o ordenado.
Deixem-se lá de lixar a malta, com os convencionais aumentos de impostos e as ridículas pensões cada vez menores. «Vão pá porra, pá...», como diria o meu amigo do fundo da rua do Cabo.
O cartoon é de Henrique Monteiro.
12 novembro 2010
||| ONDE É QUE ISTO VAI PARAR?
A surpresa e o gosto de hoje encontrar uma pessoa amiga, levou-me a quase uma hora de conversa, com a criança mais nova a penar na minha espera e já sem paciênciazinha para aturar a educadora.
Arrependi-me, pois fiquei a saber do que desconfiava: há famílias de Óis em dificuldades e a passar fome. Até em nomes me falou a pessoa amiga. Nomes que eu não repito, naturalmente. Mas assustei-me.
A fome sempre me assustou. A fome e as falências, de que eu sempre ouvi falar mas as das empresas, nunca as das famílias. Mas é verdade, disse-me essa pessoa amiga, é que há famílias a falir, por deverem milhares de contos e não terem capacidade para pagar. Disse-me a amiga e notei-a muito aflita, embora não fosse nada com ela!
Isso levou-me a procurar informação sobre essas coisas e vi que há 600 000 famílias portuguesas já sem capacidade para honrar os seus compromissos. Eh, pá!!!, então onde é que isto vai parar?
11 novembro 2010
||| ONDE VAI PARAR A JUSTIÇA PORTUGUESA?
Ouvi hoje o telejornal e banzei-me: um juiz emitiu um despacho sobre a sua própria actividade profissional e, porque contesta o que o Orçamento de Estado propõe, recusa-se a fazer trabalho extraordinário, porque vai perder 600 euros por mês.
E, diz ele, tem encargos para liquidar - o que, naturalmente, é uma questão de honra.
O que isto, na prática, quer dizer é que as consequências do Orçamento de Estado para 2011 na aplicação da justiça vão ser extremamente danosas.
Leia com atenção o despacho do juíz, clicando na imagem, para a aumentar. O magistrado, como muitos outros, assegurava trabalho extraordinário de forma não remunerada e recusa-se a continuar a fazê-lo, expondo os seus motivos num despacho singular.
Aonde vai parar a justiça??!! Este governo não cuidou de tratar os portugueses como pessoas.
E, diz ele, tem encargos para liquidar - o que, naturalmente, é uma questão de honra.
O que isto, na prática, quer dizer é que as consequências do Orçamento de Estado para 2011 na aplicação da justiça vão ser extremamente danosas.
Leia com atenção o despacho do juíz, clicando na imagem, para a aumentar. O magistrado, como muitos outros, assegurava trabalho extraordinário de forma não remunerada e recusa-se a continuar a fazê-lo, expondo os seus motivos num despacho singular.
Aonde vai parar a justiça??!! Este governo não cuidou de tratar os portugueses como pessoas.
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